22|04 festa no barco
ou o dia em que os portugueses descobriram o brasil
a festa que organizamos no barco foi um sucesso. desde a saída do show do seu jorge em procissão atrás de um cortejo de maracatu, atravessando a waterloo bridge até o final no dia amanhecendo (6 e meia da manhã eu saí de lá) só deu prá ver todo mundo se divertindo.
é, todo mundo menos a gente, porque quem organiza a festa tem sempre uma ou outra dor de cabeça. enquanto o pessoal obedecia a dica do flyer, follow the drums, estavamos nós lá na porta, tentando conter uns penetras que queriam entrar no barco de qualquer jeito, gente que falava que estava na lista mas não estava, enfim, todas estas coisas que fazemos sem nunca pensar em quem está do outro lado da história. e, puxa vida, trabalho pouco é bobagem.
mas no final a festa foi uma delícia. 500 pessoas num barco dividido em três ambientes, um monte de gente de diferentes lugares e nós, depois de todo o estresse, nos divertindo até morrer.
chamei a chloe e a anja e ficamos perto até a hora em que elas foram embora, cedo demais pro meu gosto.
eu, a gi e a tutu tínhamos combinado de nos fazer passar por outras pessoas a partir de um ponto na festa. as duas compraram perucas (eu ia cortar o cabelo curto e pintar de preto mas não tive coragem) e a gente trocou de roupa - também deveríamos trocar de personalidade, mas havíamos tomado muita caipirinha prá conseguir alguma coisa - no meio da festa. eu, suzzete, norueguesa amiga da renata que havia vindo passar o fim de semana em londres. a tutu, odara, uma nordestina moderna filhinha de papai e a gi, olga, outra norueguesa ("quantas pessoas da noruega na festa", comentário de um amigo nosso) do estilo punk-véia, a cara da rita lee.
ganhei uma garrafa de cachaça sagatiba - eles estavam patrocinando a festa - do promotor de eventos da marca muitíssimo gente boa que percebeu que eu gostava da branquinha. toda hora em que eu chegava perto da barraquinha o barman já falava: pôxa, mas você já tomou umas dezessete hoje!.
foi uma pena que algumas pessoas queridas não puderam entrar, uma delas a julie, minha amiga francesa da l´occitane. outras pessoas também não puderam entrar porque os seguranças eram bem animais mesmo. tinha fila até três da manhã. mas o que fez a gente ficar mal mesmo foi que tanto o seu jorge como o gael garcia bernal chegaram a ir prá frente da festa, queriam muito entrar mas a segurança não deixou que eles passasem na fila.
sim, isso mesmo: o seu jorge, o mesmo que fez cidade de deus e havia dado um show algumas horas antes no royal festival hall e sim, o gael garcía bernal, o mexicano mais lindo do planeta (ai ai, meu coração até palpita mais rápido, ahahhaa), ficaram de fora da nossa festa porque tinham uns imbecis na entrada. não posso nem ficar pensando mais nisso, que me dá uma grande tristeza.
mas enfim. voltei prá casa só hoje de manhã, não consegui ir trabalhar na l´occitane (liguei dizendo oh, im feeling so sick today!, sendo que estava super bem) e passei a tarde toda falando besteira. só vim trabalhar 10 da noite e agora, duas da manhã, tô indo de volta prá casa. detalhe: vou voltar dirigindo la maripôssa. :)
o tamisa meio chacoalhado visto da parte de cima do barco
odara, suzzete e olga
herman loves pauline
odara e a camera que tudo capta
ghosts
suzzete, anja, chloe
favor voltar as atenções para o meu semblante: provavelmente seria o mesmo que eu faria prá conquistar o gael