ou inglaterra, a terra do eterno por do sol
7.maio
era pra acordar 3 da manhã e ir mas a giu me fez desencanar e descansar um pouco. acabamos passando no squat prá pegar a drica e o alberto às 8 e meia e, dois melões e três cafés depois estávamos partindo pro primeiro destino, stonehenge, quase 10 da manhã.
depois de um tour por londres - andamos uma diagonal na cidade - tendo a giu como co-pilota, peguei a rodovia M5 e fomos em direção ao monumento de 5000 anos. a barraquinha vendendo morangos (na qual eles foram devidamente comprados por 50p) me fez lembrar da fernão dias nos dias de inverno. chegamos lá pelo meio dia em stonehenge e a sensação é a seguinte: você está dirigindo e depois de uma curva vê, lá looonge, o círculo de pedras gigante no horizonte. paramos o carro e, decepção, 5.5 libras prá entrar e sem nem poder tocar nas pedras. desistimos de entrar e ficamos lá fora olhando um pouco, esmagando a moeda de 1 penny para fazer uma moeda de stonehenge (preciso scannear prá colocar aqui!) e indo dar uma olhada no lugar onde, 5000 anos atrás, era o cemitério das pessoas de lá.
P1010525 nós quatro em stonehenge, uploaded by rê.
P1010530, giuliana correndo ali por perto de stonehenge, foto tirada pela melhor fotógrafa do planeta, renatinha. pegamos o carro novamente e fomos direto prá exeter, prá encontrar meu amigo david, um inglês que eu conheci 4 anos atrás numa viagem para ilha grande. na época ele e duncan - outro amigo - estavam viajando e calhou de nos encontrarmos e sairmos em são paulo também. nos falamos logo que cheguei aqui e ele me disse que tinha um trailer na cornualha, onde poderíamos ficar. então a parada em exeter foi só para encontrar com ele e seguir viagem, por mais 2 horas até sua "casa" de praia.
chegamos, montamos a parte da frente da casa (trabalho de umas 3 horas) e fomos ver o por do sol. detalhe que nesta época do ano o sol se põe 9 e meia da noite, ou seja, o pôr do sol dura, pelo menos, umas 3 horas. depois cozinhamos - bem, o alberto e a drica cozinharam - um peixe na churrasqueira e, como o frio não deixava mais nada, fomos dormir.
8. maio – rock e padstow
Domingo fomos conhecer a praia de Rock, o lugar onde estava nosso trailer. E de lá fomos andando – era maré baixa – até um ferry que nos levava a Padstow, uma cidadezinha a beira mar bem inglesa na minha concepção: um monte de gaivotas, barquinhos, branquelos, antiga, cheia de casinhas pequenininhas – os cottages – e ruas estreitas. E, por estar na Cornualha, um vento absurdo e um monte de comidas típicas – as cornish pasties, uma das coisas mais gostosas daqui; sorvetes deliciosos e um tal de “clotted cream”, um creme de nata super gorduroso delícia que a gente põe no pão doce com geléia, hmmmm.
Passamos o dia enrolando por lá, experimentando os trinta e dois mil tipos de cervejas inglesas e mudando de mesa em mesa prá poder ficar debaixo do sol; comendo pasties (um tipo de uma empanadona, comida típica da Cornualha), tomando sorvete e fazendo compras no mercadinho de lá. Minhas principais aquisições foram: um mapa antigo da Inglaterra, uma kombi amarela de louça, um catavento colorido e uma biruta em forma de peixe, presente coletivo para o David.
eu e giu, sem tanta sorte assim. originally uploaded by renatinha b.
, foto pb que o david tirou enquanto eu saía correndo renatinha. Terminamos o dia em um pub a beira mar depois de um final de tarde a procura desesperada de fish-n-chips (que depois de umas cervejas acabou virando “zips-n-zips”) e olhando o sol demorar umas três horas e meia prá se pôr.
9.maio - tintagel castle e glastonbury
acordamos cedo (10!) e, depois de arrumar tudo, saimos para o castelo de tintagel. paramos antes numa plantação de morangos (
strawberry fields forever, nan nan nan...) para tomar café da manhã inglês - com direito a muffin, café com leite e bolinho de nata - e comprar cidra, a bebida típica da cornualha.
giuliana dando uma de madame inglesa, na café da plantação de morangos. chá, biscoitinho de nata e o que mais a gente podia querer? renatinha b. chegamos em tintagel (pronuncia tinteeeigel) lá pelas 11 da manhã e, nem de longe eu esperava que fosse tão bonito (as fotos, novamente, falam por si só). lá é o lugar onde supostamente nasceu o rei arthur, aquele que tirou a espada da pedra e virou rei, tendo o mago merlin como seu tutor, eu acho. (acho que é tutor, não tenho muita certeza, não, mas eu sei que ele era um cara que estava sempre por perto).
deu prá entender porque o rei arthur resolveu morar aqui? porque é bem sinalizado, ué renatinha b.
que visual que nada. o negócio é que era bem sinalizado. renatinha b.
eu repito: não tem nada a ver com a vista. o que pega é a sinalização. renatinha b. a gente subiu e desceu penhasco, viu um monte de ruínas de casinhas e eu, em uma hora que acabei me perdendo do pessoal (saí andando achando que eles já tivessem ido), fui explorar as cavernas do merlin. todas as cavernas que a gente vê nas fotos atravessam pro outro lado da montanha, o que é o mais legal. isso quer dizer que, se você não for uma pata choca como eu e resolver enfrentar o escuro, você atravessa uma montanha por baixo dela e vai ver do outro lado.
eu, na entrada de uma dessas cavernas. deu prá entender porque eu fiquei com medo, agora? (tudo bem que quem tirou esta foto foi uma menina de uns 13 que tinha acabado de sair de lá, mas isso não conta) renatinha b. em tintagel a gente se despediu do david e viemos prá casa. no meio do caminho paramos em glastonbury para ir ver o
tor, uma construção no topo de uma montanha de onde se tem uma vista muuuuito bonita. voltamos prá estrada de volta a londres e chegamos por aqui lá pelas 10 e tantas na noite. demos uma passadinha no squat para deixar a drica e o alberto e, banho tomado, fui dormir. dirigi 7 horas seguidas muito bem, modéstia a parte, e estava quebrada.
, tor, de glastonbury. lá de cima dá prá ver a inglaterra, em todas as direções. renatinha b.
, outro pôr do sol eterno, do tor de glastonbury renatinha b.